4 de nov. de 2011



-Desejas atear fogo em meu coração?
-Sim,até que ele vire cinzas e eu  guarde-as dentro de mim.
-Que egoísmo de sua parte,me aprisionar em seu íntimo,refém de seus caprichos.
-Minha doce donzela,meu único capricho é acalorar meus lábios em sua delicada boquinha.
-O senhor é um homem sem escrúpulos,como ousa ofender-me de tal maneira?
-Desculpe-me senhorita,meus sentimentos estão saltando de meu peito,receio que me afaste para não corromper a sua inocência.
-Talvez eu poderia ensinar-te a declarar esses sentimentos com melhor maestria.
-Certamente minha flor,mas eu prefiro agir que escrever versos.
-Então você não é suficiente para mim.
-Pensei que desejasse um homem de ação e não só de palavras.
-Até este momento não vi nenhum ato grandioso de sua parte,apenas palavras carnais.
-Receio,ser inapropriado beijar-te sem sua permissão.
-És um casa nova de quinta,mas tocaria em seus olhos para sentir se eles são realmente cálidos.
-Algo que condiz com sua personalidade romântica.
-Apenas um capricho,meu bem,queria saber se me olhas com frieza ou com ardor.

Ele segurou sua mão e ambos caminhavam entre as úmidas árvores de uma cidade adormecida.

Um comentário:

Alexandre Lucio Fernandes disse...

O amor se faz solene no ar, penetrando nas almas que o sentem. É evidente este nascer que perpetua pelos dois, criando esta atmosfera infante, em que os dois recitam desejos, amores...

Lindo mesmo!!

Beijos!