Eras tu ainda menino quando descobriu a vida. Tão miúdo a peregrinar sereno na campina. Deitado em terra macia, a acariciar teu rosto de outono. Teus medos mais gentis perderam-se na relva, derramados no leito do açude que sorria quieto em tempos remotos. Eras tu ainda mancebo quando a fragrância da juventude te sorriu de soslaio. Bonito como um cervo noviço, sabio como uma coruja vigilante na penumbra. Hoje és homem de sorriso infante. Teus meigos olhos manteram a doçura de sempre e cantam a brandura da graça quando de tua tez floresce uma canção. Que perdure então tua docilidade, para sempre meu menino, pela eternidade.
2 comentários:
Docilidade desde sempre em teu pássaro azul. Lindo!
Eita sensação de paz ao ler teus textos, Tamires. Amei! <3
Bjin.
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