Na praça há bancos.
Sobretudo para ser ocupado por gente.
Gente que vive, que viveu que ainda viverá mais um
pouco.
Na praça há pombos que voam e encantam.
Sobretudo enobrecem o cenário que antes foi mais
esverdeado.
Hoje, restam algumas árvores aqui, ali, um jardinzinho
em algum lugar.
Na praça acontece de tudo.
Sobretudo diálogos,
para falar de política, nostalgia ou da vida dos outros mesmo.
Na praça há prosa.
Sobretudo conversas sem pressa.
Porque ali o tempo impera, e espera.
Na praça há bancas de revista.
Sobretudo resiste a ligeireza das horas e fica,
porque tem gente que lê.
Na praça há sons e gestos.
Sobretudo dispersos.
Livres para conduzir a mensagem aos ouvidos, que
atentos escutam a poesia que perdida se encontra na singeleza das palavras que
incistem em não rimar.
Na praça há longevidade escondida em olhos infantes.
Sobretudo corpos cansados conduzindo uma mente
novinha novinha.
Moços de cabelo branco e senhores de cabelo
castanho.
Na praça tudo é atemporal.
Sobretudo as lembranças que o vento permite ficar, e
até mesmo aquelas que ele trás novamente a mente dos que insistem em perdurar.
Na praça há vida.
Sobretudo no jeito intrínseco de ver, na forma
simples de dizer, na maneira particular de andar.
Em cada canto um encanto. Cantado em cada banco que
alguém resolve sentar.
2 comentários:
ai, amiga! tocou-me!
Na praça há poesia. Também. E a poesia distende o encanto no ar com pureza mágica. Sentar no banco e contemplar, observar a transitoriedade dos momentos, sentir a essência vociferando sua graça pelos quatro cantos. O amor fica disperso e solto, pronto para ser absorvido.
Praça é reduto de doçura. E rimas.
Beijo!
Postar um comentário