17 de nov. de 2012

Sorrateiramente



Às vezes a gente descobre, assim, sorrateiramente, que o mais belo olhar se encontra no rosto menos gracioso. Descobrimos que as luzes mais fosforescentes estão abrigadas no céu em noites azuis. Percebemos como inocentes crianças que um sorvete de potinho pode resfriar uma tarde turbulenta com um sabor de moça bonita. O doce descendo geladinho na garganta salgada, e as nuvens tecendo no céu nebuloso um algodão docinho feito de chuva. Encontrar você foi um achado de sorte. Descobri isso quando recordei distraidamente dos seus cabelos calvos no personagem distinto daquele filme tão delicado. E enquanto as flores bailavam no deserto, você me mostrou algumas petúnias solitárias no jardim esquecido da cidade do meu coração. Você sabe que gosto de baleias. E agora, talvez, suspeite da minha admiração pelas borboletinhas extrovertidas.   Sei que gosta de felinos, tudo bem... Gatinhos recém nascidos me agradam também.

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