2 de nov. de 2012

Frescor de sândalo.

                  
    Ele olhou dentro dos meus escuros olhos e sorriu. Aquilo bastou para me encantar por muito tempo. O sorriso falso, a caneta azul sem tinta, o choro preso no canto dos olho esquerdo. Me alimentei dos resto que sobraram do seu jantar. Aquele cheiro de orvalho saindo das suas entranhas, o beijo que nunca se consumou. O abraço ignorado naquele instante, sua cabeça rodando como um meteoro retrógrado. Colapso. Foi apenas um devaneio. Um sonho incompleto esquecido entre tantos outros esfacelados na beira do seu ohar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Despiu a alma! Mui belo, Tamis!