12 de mai. de 2012

Tua impressão.


Pinceladas soltas para capturar sua tez pálida.
Olhos atentos a pintar cada traço ensolarado do seu rosto.
A luminosidade terna das suas pupilas dilatam-me a cada entreolhar.
Pondero-me nas cores vívidas da noite que se distancia dos teus lábios.
Éramos poesia alumiada pela luz suave de um candelabro antigo.
Suas órbitas a me fitar enquanto meu ser abstraía toda sua essência resguardada.
Todo o mistério do sol escondido em suas retinas era impresso em cores cálidas e latentes.
Minha paixão ardente expurgada em cada tom afogueado,inflamando meus olhos a medida que te esquadrinhava.
Eu teria você eternizado naquela pictoresca tela impressionista.Poderia beijar-te sem tocar sua alma.
Silenciosamente tecer suas extremidades e libertar seus dragões nos tons fumegantes de um vermelho enobrecido.
Ali,na escuridão incandescente da nossa melancolia,aprisionamos a noite para que ela não acabasse.
Mas ela rompeu seu fogo crepitante ao despertar sonolento do sol desértico que nos acordava.

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