25 de set. de 2011

Uma xícara e algumas palavras.

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Um copo de café para aliviar a saudade.
Palavras ocultas prestes a explodir em letras comprimidas.
Um pouco de sutileza,afinal,o riso não precisa ser agudo para ser risada.
Batidas leves badalam meu coração escarlate,uma música lenta ecoa os versos que estão presos em mim.
Com a caneta eu pincelo as emoções que se espalham no subconsciente.
Um barulho distante,me assusto,e quase me perco de mim.
Folhas caem no quintal da minha mente,ela está fértil e viva.
Escrever para beber o néctar das ilusões inebriantes,para saciar o deserto em mim.
Oasis de versos simples,em uma vastidão de areia branca...soprando em meu rosto uma poeira cálida e latente.
Um vulto moreno aparece nesse pensamento,ele vem descalço e caminha lento,me enfadei desse sonho,cansei dos namoricos de verão.
Outro pensamento vem enquanto vivo minha própria vida:
-Viverei eu a minha,ou imitarei a angustia dos vegetais humanos?
Sofrem aqueles que não sabem viver suas próprias decepções,aqueles que não deixam os outros respirarem,os que sufocam a vida dos jovens,impondo-lhes uma vida inalcançável.
Parei entre a passagem dos pássaros ao longe no céu taciturno;lembrei da infância dos primeiros poemas da vida mansa que ficou com meus anos deixados no vento leste.
Murmurar não adiantará para escrever essa carta concisa e confusa.
Findarei esses versos com um sopro de tâmaras do Egito,
plantadas na época que os impérios existiam antes dos livros.

Um comentário:

Desa disse...

Escrever para beber o néctar das ilusões inebriantes,para saciar o deserto em mim.
Oasis de versos simples,em uma vastidão de areia branca...soprando em meu rosto uma poeira cálida e latente." adorei, q sorte a minha de ter uma prima como vc :)