25 de set. de 2011

Clausura.

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Por fora alegria por dentro um vazio.
Candelabro antigo de chama fluorescente,
com um fogo fatigado e rosto apático.
Fragrância de folhas secas de um outono esquecido;
banhava-se na penumbra para cobris-se de seda.
Um coração úmido para regar as plantas moribundas de seu jardim.
Olhos ressequidos de afeto,brilhando como pó de estrelas a anos luz da felicidade.
Pálpebras congeladas e lábios cerrados.
Amores enjaulados em rústicas cadeias surrealistas.
Cabelos delirantes e gestos intermitentes,quase dormentes...
sonolento caminho traçado pelo corpo esbelto que caminha em passos lentos.
Relicário que aprisiona seus sentidos ocultos,o choro comprimido pelo raiar da aurora bem longe.
Um café na ponta da mesa,um pingo de lágrima no chão da cozinha,uma maçã apodrecida no congelador.
Traços,marcas,toques distantes,cintilantes,versos esmagados e magros,
rostos distorcidos e distante,almas separadas pelo oceano azul andrômeda.
Palavras inconstantemente não pronunciadas,sons mudos e cegos de loucura.
Um eu marcado pela melancolia que não existe mais.

Um comentário:

Desa disse...

Prima vc me fascina com seus textos, nunca duvidei de sua capacidade e cada dia mais vc se torna uma escritora maravilhosa!!!