12 de mai. de 2013

Casa.

De alguma maneira os teus braços encontram um jeito de segurar minhas mãos e me levar para mais perto do teu amparo. Posso estar longe, mas teus olhos atentos me observam como quem olha seu precioso tesouro. Mesmo caminhando por lugares tenebrosos vejo a sua sublime luz clarear a imensidão. E mesmo quando imagino estar abandonada por todos sua presença se faz real e me ilumina. Irradia sua beleza fazendo o dia nascer como um bebê que olha para a mãe carinhosamente. É você que pincela o sentido. Que acrescenta cor a minha palidez. Porque o seu suave toque reanima minha rotina. Acrescenta alegria nos momentos de pouca aimação, e oferece paz ao coração enfadado de desilusão. Tua meiguice me ensina que a vida não se restringe a versos, mas a reversos. A atitudes incompreensíveis, atos que embaraçam a mente dos que sem graça caminham pela vida. És tu quem nos ensina a voltar e rever nossos conceitos, a realinhar os pensamentos e pedir perdão. Aonde encontrarei sabedoria e amor senão em sua essência? Somente em você encontro a paz que transcende o entendimento humano. A brisa límpida que oxigena meus pulmões. E você não está aprisionado no concreto de magníficos palacetes. Está em cada partícula de vida. Em uma rosa que nasce e depois fenece. Está no sorrir e no choro de alguém que sangra através dos olhos. Está no presente minuto mesmo que meus olhos incrédulos não consigam perceber. Está nessa manhã monótona e na minha tristeza em não estar perto de ti. Palavras em forma de afeto tentam em vão descrever o que sinto, essa enorme saudade que se alonga em mim, mas somente seu cheiro me faz repousar. Como posso me esconder desse amor? Que me ensinou a ver as cores onde antes só havia silêncio...E eu tão falha nem sei dizer te amo. Nem isso sei escrever, me ensina a te amar? É que tenho estado tão longe que me esqueci de ficar um pouco contigo, e isso retira de mim toda a felicidade. Toda a grandiosidade dos dias que são acrescidos de luminosidade ao refletir tua beleza. E o que eu tenho feito, afinal? Uma semana distante de tudo aquilo que me faz feliz, tão perto de fagulhas de alegria. Instantes raros de verdadeira satisfação. Rios de ausência pela minha vida pecaminosa. Que saudade da sua paz, do seu amor que tudo sara. Sua amizade me completa, me faz feliz sem pausas. Mas sou tão inconstante, caminho léguas e de repente paro sem motivos e indagações. Não consigo compreender tamanho amor que me preserva em vida mesmo eu buscando precipicios pelo caminho. Que me puxa quando quero ir embora, que me espera pacientemente enquanto penso bem no que vou fazer. Tenho andado triste pelas ruas e só você consegue notar a dor arraigada no meu modo de olhar a vida. Desacreditada e desiludida. É irônico o modo como me puxo para baixo, sempre buscando o pior de mim em tudo. Mas só você consegue ver o que outros olhos não enxergam nessa minha face sem graça. Deve ser essa sua graça que constinua transbordando esperança dentro de mim. Eu que sempre esqueço de lembrar dela, lembrar que se estou aqui agora é porque a sua graça me perdoou e me mostrou um lindo caminho. As vezes fico tão carente de afeto, e busco em outras mãos o que só encontro em sua presença. Seu lindo amor me ensina a ver a vida sob um olhar de esperança, renovação irradiando das minhas pupilas enegrecidas. Me ensine a ver a vida através dos seus olhos. Sentir o cheiro e escutar os sons das árvores que obedientes balançam de um lado para outro, sem pestanejar. Me ensine a ter fé e a ser mais parecida contigo. Me ensine a ser menos eu e me mostre sua face a cada dia. Preciso do seu fluir, da sua brisa que me renova a cada ventania, preciso de você, aqui, nesse segundo. Quero ser moldável, e ser verdadeiramente sua amiga. Não estou satisfeita em ser assim... instável e líquida. Estou triste por ser assim tão míseravel... mas seu que não deixas de me amar pelas minhas falhas. Me perdoe Jesus, quero seu amor a cada segundo da minha vida. Amor que transforma. Amor que me faz crescer, e me tornar mais parecida contigo. Obrigado pelo seu amor Mestre.

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