1 de set. de 2012

O que restou...



Aquele velho olhar retornou para mim no instante que teus lábios pronunciaram as rudes palavras que rasgaram meus sentimentos em pequenos pedaços de nada. Por um segundo uma lágrima percorreu a minha retina, mas até esta resistiu quando sentiu a sua aspereza. Parecia que estávamos a quilômetros de distância. E como sempre, eu permanecia acreditando em contos arcaicos de amores que não existem mais. Coração alquebrado a sangrar lentamente toda a dor sufocante que resta aos desiludidos. Me sinto tão tola em ter mantido a fé apesar das incertezas. E perceber que sua sombra havia desaparecido há tanto tempo deixo-me ainda mais machucada. Dói tudo aqui dentro, e dói ainda mais saber que não faz diferença nenhuma para você saber disso. Como pude ser tão tola meu Deus? Como um coração suporta tamanha decepção em tão curto tempo? Eu peço que cuide de mim nesse dia frio. Em verdade o que mais me entristece é essa vontade de falar com você e saber ao menos um pouco da sua vida, e ser ignorada quando tento falar com você. Como me feriu aquelas inúteis tentativas de falar contigo e tu nem teve a bondade de me atender. Que fiz para estar tão rude comigo? Nem para ser sua amiga eu sirvo? diga-me qualquer coisa, esse silêncio está me matando. Tola fui em me apaixonar por você, mas não me arrependo. Só queria possuir um alarme que me alertaria todas as vezes que o outro não estivesse mais disposto a me aceitar. Pouparia minhas pálpebras cinzentas de sentirem aquela velha dor da decepção. Sei que essa tormenta passará, tenho fé que me erguerei novamente. Como nas outras vezes sorrirei com aquela boa alegria, que só os corações livres conseguem sorri. Senhor, ajude-me a seguir em frente, ensina-me a vencer essa dor com amor e não com ódio ou indiferença. Me abrace hoje, está tão frio aqui dentro Jesus.



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